Corte Internacional da ONU exige que Israel evite genocídio em Gaza

Faixa de Gaza corpo guerra Misto Brasil
Corpo no cháo na rua deserta e prédios destruídos na Faixa de Gaza/Arquivo/Reprodução vídeo

A África do Sul entrou no tribunal com um processo que exige que Israel interrompa a operação militar em Gaza

Por Misto Brasil – DF

A presidente da Corte Internacional de Justiça da ONU anunciou em uma audiência nesta sexta-feira (26) que o tribunal ordenou que Israel tomasse todas as medidas para evitar o genocídio na Faixa de Gaza.

“Israel deve […], no que diz respeito aos moradores da Faixa de Gaza, tomar todas as medidas para impedir a prática de todos os atos previstos no segundo artigo da Convenção sobre Genocídio, em particular (a) matar membros do grupo (b) causar sérios danos físicos ou mentais a membros do grupo (c) submeter intencionalmente o grupo a condições de vida destinadas a causar a sua destruição física, no todo ou em parte”, disse Joan Donoghue durante o anúncio da sentença provisória.

A Corte Internacional de Justiça da ONU realizou em 11 e 12 de janeiro, em Haia, Países Baixos, audiências sobre o processo da África do Sul contra Israel, que é acusado de violar a Convenção sobre Genocídio na Faixa de Gaza.

A África do Sul entrou no tribunal com um processo que exige que Israel interrompa a operação militar em Gaza, garanta o acesso de seus residentes a alimentos, água e ajuda humanitária, e não obstrua o acesso de missões internacionais a Gaza.

Pretória também pediu ao tribunal que ordenasse a Israel que se abstenha de qualquer ação que possa piorar a situação e complicar os procedimentos do tribunal.

Israel, por sua vez, tentou dar provas para que o tribunal rejeitasse a iniciativa da África do Sul. Assim, a defesa israelense argumentou que, por meio da operação militar em Gaza, o país busca “não destruir o povo palestino, mas proteger o seu próprio povo”.

Israel também argumenta que permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza, incluindo caminhões de alimentos, e que não houve restrições quanto à quantidade de água que pode chegar à área, informou a Agência Sputnik.

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