Venezuela expulsa diplomatas de sete países

Venezuela Nicolás Maduro Misto Brasil
Menos de 24 horas após a eleição, Maduro assumiu um novo mandato/Arquivo/Divulgação
Compartilhe:

Representantes dos países, além do Paraguai e Equador, solicitaram uma reunião urgente do Conselho da OEA

Por Misto Brasil – DF

O governo da Venezuela ordenou a “retirada imediata” dos representantes diplomáticos da Argentina, Chile, Peru, Uruguai, Costa Rica, Panamá e República Dominicana, a quem acusou de ações de “interferência” no processo eleitoral de domingo.

Ao mesmo tempo, iniciou a retirada das suas respectivas delegações nesses países.

A decisão representa uma escalada diplomática contra governos que o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, considerou “de direita”.

“A República Bolivariana da Venezuela expressa a sua mais firme rejeição às ações e declarações interferentes de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e abertamente comprometidos com os mais sórdidos postulados ideológicos do fascismo internacional, tentando reviver o fracassado e derrotado Grupo de Lima. , que pretendem ignorar os resultados eleitorais das eleições presidenciais realizadas neste domingo, 28 de julho de 2024″, diz o comunicado que a chanceler partilhou em X.

O governo da Venezuela expressou que “reserva todas as ações legais e políticas para respeitar, preservar e defender o nosso direito inalienável à autodeterminação”.

Os sete países afetados pela retaliação venezuelana, além do Paraguai e do Equador, exigiram nesta segunda-feira a revisão completa dos resultados eleitorais na Venezuela “com a presença de observadores eleitorais independentes”.

Solicitaram também uma reunião urgente do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Manifestação desta tarde da oposição na Venezuela

Os resultados apresentados pelo governo

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais na manhã de segunda-feira com 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González Urrutia.

A autoridade eleitoral, controlada pelo chavismo, estimou a participação em 59% com 80% das atas examinadas e descreveu a tendência como “irreversível”. Maduro defendeu sua vitória. A oposição, liderada por María Corina Machado, rejeitou o resultado.

“É um ultraje à verdade”, enfatizou o dirigente ao denunciar irregularidades na transmissão dos boletins de voto. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, instou o Governo Maduro a contar os votos “com total transparência” e a liderança política a agir “com moderação”.

O Brasil, a maior democracia da América Latina, solicitou através do seu Itamaraty a publicação da ata para dar “transparência e legitimidade” à contagem dos votos. O Carter Center, que atuou como observador internacional, instou esta segunda-feira a CNE a publicar os registos eleitorais “imediatamente”.

Os Estados Unidos e o Chile também questionaram os resultados. A China e o Irão aplaudiram a “celebração bem sucedida” das eleições.

Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados

DF e Entorno

Oportunidades





Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas