Cessar fogo em Gaza pode adiar retaliação iraniana

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Porta-aviões são máquinas de guerra de máquina mobilização/Arquivo/Der Spiegel

O Irã prometeu dar uma resposta dura ao assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh no mês passado em Teerã

Por Misto Brasil – DF

Fontes do regime iraniano afirmaram nesta segunda-feira (13) à agência de notícias Reuters que apenas o fechamento de um acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza seria capaz de adiar uma retaliação direta das forças iranianas a Israel.

O Irã prometeu dar uma resposta dura ao assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh no mês passado em Teerã, em um incidente que os iranianos atribuem a Israel. Tel Aviv, porém, não confirmou ou negou até o momento a autoria do ataque.

O episódio acirrou as tensões no Oriente Médio e gerou temores de que uma provável agressão iraniana possa desencadear uma guerra mais ampla na região. Líderes ocidentais intensificaram os esforços para convencer Teerã a se abster de agir militarmente contra o território israelense.

Nesta segunda-feira, Washington alertou que um possível ataque a Israel já seria iminente. “Algo poderá ocorrer ainda nesta semana através do Irã e seus aliados. Esta é uma avaliação tanto dos Estados Unidos quanto de Israel”, disse o porta-voz da Casa Branca John Kirby nesta segunda-feira.

“Se algo de fato ocorrer, o timing disso certamente terá impacto sobre as conversações que desejamos realizar nesta quinta-feira”, acrescentou. Os EUA enviaram um submarino com capacidade de lançar mísseis e um porta-aviões para a região, em uma forte demonstração de apoio a seu tradicional aliado.

Alemanha, França e Reino Unido emitiram uma declaração conjunta pedindo que o Irã se abstenha de uma ação militar contra Israel. Mas, apesar de uma série de esforços diplomáticos, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que seu país tem o “direito de responder aos agressores”.

Nesta terça, o ministro iraniano do Exterior, Nasser Kanani, criticou o pedido dos lideres ocidentais.

“A declaração da França, Alemanha e Reino Unido, que não traz objeções aos crimes internacionais do regime sionista [Israel], pede descaradamente que o Irã não tome ações de dissuasão contra um regime que violou sua soberania e integridade territorial”, afirma uma nota do Ministério.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, já havia afirmado que seu país iria “punir duramente” Israel pelo ataque em Teerã.

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