As operações terrestres no país vizinho começaram duas semanas após uma série de bombardeios
Por Misto Brasil – DF
Israel anunciou na madrugada desta terça-feira (1º) ter iniciado incursões terrestres no sul do Líbano, com “intensos combates” em andamento. Mais de 1 milhão de pessoas abandonaram a região.
As operações terrestres no país vizinho começaram duas semanas após uma série de bombardeios contra a estrutura do grupo xiita libanês Hezbollah – incluindo um ataque aéreo que matou seu líder, Hassan Nasrallah – e marcam uma escalada significativa na ofensiva israelense contra a milícia.
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Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que essas incursões são “limitadas, localizadas e direcionadas, com base em inteligência precisa, contra alvos e infraestruturas terroristas do Hezbollah no sul do Líbano”.
As incursões devem acontecer, segundo a breve nota, “em vilarejos próximos à fronteira” entre os dois países contra alvos que “representam uma ameaça imediata às comunidades israelenses no norte de Israel”.
Mais tarde, uma autoridade isrelense de segurança afirmou que as tropas avançaram apenas uma pequena distância além da fronteira e que não foram registrados confrontos diretos com combatentes do Hezbollah.
O funcionário disse que uma operação mais ampla visando a capital libanesa, Beirute, que foi atingida por repetidos ataques aéreos nos últimos dias, não está sendo cogitada.
Na manhã desta terça-feira, sirenes de ataque aéreo soaram na região central de Israel e explosões ocorreram na cidade de Tel Aviv. Militares disseram que os projéteis haviam sido disparados do Líbano.
As incursões terrestres de Israel são apoiadas pela força aérea e pela artilharia, que já tinham sido acionadas no sul do Líbano no início do dia, com “ataques precisos a alvos militares na área”.
O governo israelense, que se reuniu na noite passada, já havia aprovado a próxima fase de suas operações de guerra no Líbano, confirmou uma fonte familiarizada com as discussões ao jornal Haaretz, sem dar mais detalhes.
A operação das forças israelenses dá sequência ao plano para o qual militares “se prepararam e treinaram nos últimos meses”.