Depois de quase atingir os R$ 5,80 nesta quarta-feira, o dólar perdeu força no Brasil e fechou a sessão praticamente estável
Por Misto Brasil – DF
Hoje, em nova sessão de baixo volume de negociação, o Ibovespa andou de lado o dia inteiro, sem força, sem vontade, até terminar com leve baixa de 0,07%, aos 130.639,33 pontos.
É uma perda curta de apenas 90,60 pontos, registrou o site de negócios InfoMoney. A seca de negócios pela qual o Ibovespa passa é como uma espera.
Depois de quase atingir os R$ 5,80 nesta quarta-feira, o dólar perdeu força no Brasil e fechou a sessão praticamente estável. Dólar comercial – compra: R$ 5,763, venda: R$ 5,763; dólar turismo – compra: R$ 5,747; venda: R$ 5,927
Tem a eleição norte-americana semana que vem. Mas não é só isso. Os dados econômicos nos EUA também não. Hoje, veio a primeira prévia do PIB do 3T24, com avanço de 2,8%, mais fraco que o esperado.
Tem a rodada de dados do mercado de trabalho nos EUA, que culmina sexta-feira (1º), com payroll, mas também não é por isso. Tem a forte agenda de balanços das big techs, que começou ontem com a Alphabet, dona do Google, e segue hoje com Microsoft e Meta, controladora do Facebook, mas igualmente não é esse o motivo.
Os investidores estão mesmo aguardando quais medidas o governo federal anunciará sobre cortes de gastos.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defende a apresentação de um pacote consistente e diz que o presidente Lula da Silva sabe da necessidade disso: “o presidente já tem noção do que precisa ser feito, tem noção mais ou menos de valores, já tem noção de quais medidas, nós já sabemos aquelas que nós não podemos e que nós não vamos mexer”.
É essa a música que toca na equipe econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entende que tais medidas terão “o impacto necessário para o arcabouço ser cumprido”. A Casa Civil, inclusive, já está fechada com o pacote.
Enquanto a equipe econômica tenta afinar esses acordes, o mercado espera. Mas há outros palcos para cantar, como a reforma tributária no Senado, cujo relator na Casa não garante votação até o fim de novembro – e novembro já é depois de amanhã.

