Neste momento, os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil, detalham o pacote de corte de gastos
Por Misto Brasil – DF
O contrato futuro do dólar abriu em alta de 0,5%, nesta quinta-feira (28), indo aos 5.987 pontos, após registrar alta expressiva de 2,62% na véspera, fechando aos 5.963,50 pontos.
Refletiu a expectativa em relação ao pacote de corte de gastos do governo e ao anúncio do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, para quem ganha até R$ 5 mil – que, por sua vez, limita as receitas.
Medidas da regra fiscal do governo simplificada
Neste momento, os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil, detalham o pacote de corte de gastos. A decisão de reduzir em R$ 70 bilhões os gastos do governo foi anunciado em rede nacional de rádio e TV na noite passada.
Também participam da entrevista Simone Tebet, do Planejamento, e Esther Dweck, da Gestão, e Paulo Pimenta, da Secom do Palácio do Planalto.
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Esse avanço do dólar na véspera fez o ativo romper uma lateralização que prevaleceu desde junho, impulsionada por um fluxo comprador robusto, informou o InfoMoney.
Assim, o movimento da moeda americana indica uma possível retomada da tendência de alta, com investidores atentos aos níveis estratégicos de suporte e resistência.
A análise técnica sugere que, caso o ativo supere a região dos 6.000 pontos (equivalentes a R$ 6,00), novas máximas possam ser alcançadas. Entre elas, os 6.065/6.121 ou, até mesmo, a região dos 6.264/6.424.
O recorde anterior foi registrado em 13 de maio de 2020 — no auge da pandemia da Covid-19 — quando o dólar fechou a R$ 5,9007.
O desempenho destoou da tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou com baixa de 0,92%, aos 106,096 pontos.
No cenário doméstico, o real teve o pior desempenho diário ante o dólar na história, à espera do anúncio da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês, juntamente com o pacote de cortes nos gastos públicos, ainda nesta quarta-feira (27).
Haddad confirmou na noite de quarta-feira (27), em rede nacional, uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
As medidas incluem reajuste do salário mínimo acima da inflação, mas “de forma sustentável”. Idade mínima para militares entrarem na reserva. Limite para transferências de pensões militares. Abono salarial restrito a quem ganha até R$ 2.640, corrigido pela inflação até atingir 1,5 salário mínimo.
E crescimento das emendas parlamentares abaixo das regras fiscais.
O ministro também anunciou que quem ganha até R$ 5 mil ficará isento de Imposto de Renda (IR), compensado por maior tributação sobre rendas acima de R$ 50 mil mensais – sem impacto fiscal, disse.
O mercado aguarda detalhamento sobre a origem dos R$ 70 bilhões mencionados pela equipe econômica, para avaliar o pacote de forma mais técnica.