Os investidores seguiram na expectativa pela primeira decisão de política monetária dos bancos centrais do ano no Brasil e nos Estados Unidos
Por Misto Brasil – DF
O dólar à vista estendeu as perdas ante a moeda brasileira pela sétima sessão consecutiva e na contramão do exterior, em meio a novas ameaças de tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,8696 (+0,74%) — no menor nível desde 26 de novembro.
O desempenho destoou da tendência vista no exterior. Às 17 horas (horário de Brasília), o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, registrava avanço de 0,57%, aos 107,908 pontos, informou o MoneyTimes.
No cenário doméstico, os investidores seguiram na expectativa pela primeira decisão de política monetária dos bancos centrais do ano no Brasil e nos Estados Unidos. Hoje (28) foi o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a decisão deve ser divulgada amanhã (29) depois do fechamento dos mercados.
O Federal Reserve (Fed), BC norte-americano, também publica a decisão sobre juros nesta quarta-feira. A expectativa é de que o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mantenha os juros inalterados, na faixa de 4,25% a 4,50%.
“Não havendo surpresas com relação aos juros, o que importará serão os comunicados”, afirma o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori. “Para os EUA será relevante verificar em que medida serão sinalizadas novos pontos de atenção sobre a resistência da inflação em convergir para a meta. No Brasil, os esforços também estarão em tentar antecipar o ritmo de aumento e nível terminal da Selic neste ciclo de aperto monetário”, acrescentou.