Articulação parte do presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira. Já Érika Kokay deve mesmo concorrer ao Senado pelo PT
Por Gilmar Corrêa – DF
Há pouco mais de um ano das eleições gerais de outubro de 2026, as articulações políticas correm rápido no Distrito Federal.
De um lado a chamada direita se apressa em estimular a sua base, e de outro, a esquerda definiu modelos de mobilização que envolvem diferentes políticos e parlamentares.
Para dar um tempero há mais nessa corrida, o Partido dos Trabalhadores (PT), aparentemente, selou o desejo da deputado Érika Kokay de concorrer ao Senado Federal no próximo ano.
“Isso destrava o debate sobre a tática eleitoral do PT e coloca este tema como central”, escreveu hoje (25) cedo o ex-deputado Geraldo Magela.
Magela, por sinal, está desde o ano passado produzindo vídeos que são distribuídos todos os dias nos grupos de WhatsApp. Por trás dessa movimentação, está o seu desejo (nunca escondido), de concorrer ao Palácio do Buriti.
“Mantenho o meu nome como pré-candidato e vou dialogar com a militância, com a direção do PT DF, com o PT nacional e com o presidente Lula”.
Geraldo Magela terá que gastar o português com os aliados da esquerda, como Leandro Grass (PV), Rodrigo Rollemberg, que ensaia a candidatura de Ricardo Cappelli pelo PSB ao governo, e também com a senadora Leila Barros (PDT).
Na trincheira da centro-direita, há também uma movimentação para emplacar o secretário da Casa Civil do governo distrital, Gustavo do Vale Rocha, como candidato a vice-governador na chapa que deverá ser encabeçada por Celina Leão (PP).
Rocha foi ministro dos Direitos Humanos no governo de Michel Temer (MDB) e trafega com alguma facilidade na cúpula nacional do partido.
Mas a movimentação não vem do MDB, mas do Republicanos, através do presidente nacional do partido, Marcos Pereira (SP).
Como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) será um cabo eleitoral de peso para Celina, o pastor ligado ao bispo Macedo pretende ter na chapa majoritária, um representante do seu partido.
Com esta movimentação, é anulada a intenção do deputado Gilvan Máximo (Republicanos-DF) de concorrer como vice-governador ao lado da atual vice-governadora.
Como o tempo é senhor da razão, muita coisa pode mudar até junho do próximo ano, quando são fechadas as convenções partidárias com a nominata dos candidatos..