O bloco, que tem pouco mais de 448 milhões de habitantes, envelhece num ritmo mais acelerado que o Brasil
Por Misto Brasil – DF
O número de bebês nascidos na União Europeia (UE) caiu de 3,88 milhões em 2022 para 3,67 milhões em 2023 – recuo de 5,4%, configurando a maior queda ano a ano desde 1961.
Considerando os 27 países do bloco, a taxa média de fecundidade foi de 1,38 filhos por mulher. Em 2022, esse número foi de 1,46.
O país com a maior taxa de fertilidade foi a Bulgária, com 1,81 nascidos vivos por mulher, seguido por França (1,66) e Hungria (1,55). No extremo oposto estavam Malta (1,06), Espanha (1,12) e Lituânia (1,18).
Os dados são da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da UE.
A taxa de fecundidade tem caído no bloco desde meados da década de 1960. No início dos anos 2000, porém, ela oscilou ligeiramente para cima, voltando a cair mais acentuadamente a partir de 2022.
Se em 2023 o bloco da União Europeia teve 8,2 nascidos vivos por cada mil habitantes, em 1970 essa taxa era de 16,4.
A queda nas taxas de fecundidade explica em parte a desaceleração do crescimento populacional na UE.
O bloco, que tem pouco mais de 448 milhões de habitantes, envelhece num ritmo mais acelerado que o Brasil, que com menos da metade da população ainda registrou 2,57 milhões de nascimentos em 2022, segundo os dados mais recentes do IBGE.
Em países desenvolvidos, a taxa de fecundidade ideal para evitar o encolhimento da população é de 2,1 filhos por mulher – o cálculo, porém, desconsidera a migração, que tem sido fundamental para manter a força de trabalho e o financiamento da previdência no bloco.
Praticamente um em cada quatro (23%) bebês nascidos na UE em 2023 é filho de mãe estrangeira, vinda de outro país do bloco ou de fora dele.
Em 2023, metade da população da UE tinha mais de 44,7 anos.