Copom elevou a taxa Selic para 14,75%

Banco Central Gabriel Galípolo Misto Brasil
Gabriel Galípolo é o atual presidente do Canto Central/Arquivo/Agência Senado
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A decisão por um novo aumento na taxa básica de juros foi tomada em unanimidade pelos diretores do Banco Central, que já era esperado

Por Misto Brasil – DF

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (07) — conforme esperado pela ampla maioria dos economistas e analistas de mercado — elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% anuais.

A decisão por um novo aumento na taxa básica de juros foi tomada em unanimidade pelos diretores do BC e confirmou o ajuste de menor magnitude antecipado pelo comitê em março, após quatro altas seguidas de 1 ponto percentual.

Segundo o comunicado do Copom, persiste uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.

Para o Copom, diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.

“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

Repercussão da decisão do Copom

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros e as incertezas quanto aos próximos encontros da autoridade monetária em relação à Selic fortalecem ainda mais os investimentos indexados ao CDI – Certificado de Depósito Interbancário, diante do bom retorno e da baixa volatilidade de preços desses títulos de curto prazo emitidos pelos bancos, analisa Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência, empresa de previdência complementar fechada do conglomerado Banco do Brasil 
Para Serone, mesmo que os economistas estejam reduzindo paulatinamente as expectativas para a inflação, ela ainda é persistente, permanecendo muito acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC), o que torna mais incerto o momento de estabilização da taxa no atual patamar ou de uma curva descendente da Selic.
Esse cenário afeta as decisões de investimentos em títulos mais longos e na renda variável, que podem apresentar muita variação de preço e de rentabilidade.

A decisão do Copom encarece o custo de captação par as empresas e faz com que o investidor fique mais seletivo, aponta Luiz Rafael Maluf, sócio e head da área de Mercado de Capitais do CGM Advogados.

“A depender da leitura que se consolide nas próximas reuniões, com a taxa estabilizada nesse novo patamar, vejo 2025 como um ano de possível transição que permita um ambiente de maior previsibilidade e potencial acesso ao mercado de capitais por novas companhias”.

A elevação da taxa e elevará os custos de produção para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. Fiemg reconhece a importância do controle da inflação para a estabilidade econômica, avalia que o atual cenário pode agravar a desaceleração da economia brasileira.

“A intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e outros países têm reduzido as projeções de crescimento global, provocando efeitos deflacionários sobre o Brasil, especialmente com a queda nos preços das commodities”.

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