Mariangela Humgria é pesquisadora há mais de 40 anos da Embrapa. Sua pesquisa foi sobre tratamento do solo
Por Misto Brasil – DF
A engenheira agrônoma e microbiologista brasileira Mariangela Hungria foi laureada com o Prêmio Mundial da Alimentação de 2025 na terça-feira (14), comunicou a fundação americana que organiza a premiação conhecida como o “Nobel da Agricultura”.
Hungria é pesquisadora há mais de 40 anos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Sua pesquisa deu origem a novos modelos de tratamento do solo que permitem às plantas obterem nutrientes por meio de bactérias – uma alternativa ao uso de fertilizantes químicos.
A World Food Prize Foundation, que distribui o prêmio desde 1987, estima que produtos derivados da pesquisa de Hungria tenham sido usados em mais de 40 milhões de hectares de plantações no Brasil, “economizando aos agricultores até US$ 40 bilhões R$ 225 bilhões) por ano em custos de insumos e evitando mais de 180 milhões de toneladas métricas de emissões equivalentes de CO2 por ano”.
A organização destaca que o Brasil aumentou sua produção de soja de cerca de 15 milhões de toneladas na década de 1980 para mais de 170 milhões de toneladas durante a carreira de Hungria na Embrapa, tornando o país o maior produtor e exportador mundial da commodity.
“A jornada da Dra. Hungria mostra que ela é uma cientista de grande perseverança e visão – características que ela compartilha com o Dr. Norman Borlaug, de Iowa, fundador do Prêmio Mundial da Alimentação e pai da Revolução Verde”, disse a governadora do estado americano de Iowa, Kim Reynolds, que acompanhou a premiação.
“Como pioneira industrial e mãe, a Dra. Hungria também serve como um exemplo inspirador para mulheres pesquisadoras que buscam incorporar ambos os papéis. Suas descobertas e desenvolvimentos levaram o Brasil a se tornar um celeiro global.”
O prêmio é concedido a indivíduos que realizam feitos excepcionais na promoção da segurança alimentar.