O governador Cláudio Castro é acusado de não pagar a recomposição salarial e a ideia é entrar com uma ADI no Supremo
Por Misto Brasil – DF
Representantes do Grupo Visão da Tropa, que tem 13,5 mil filiados, estão em Brasília para convencer partidos políticos ou uma instituição, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o governo do Rio de Janeiro.
O governador Cláudio Castro não pagou duas recomposições salariais para os servidores estaduais aposentados e pensionistas, previsto num acordo sacramentado há três anos.
A primeira parcela da recomposição no total de 26,10%, foi paga em 2022. As outras duas só foram pagas aos servidores efetivos, deixarando de fora da folha os aposentados e pensionistas.
De acordo com o Grupo Visão da Tropa, que representa veteranos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, o problema afeta 423 mil pessoas.
O valor da dívida com o funcionalismo aposentado é calculado em R$ 2,9 bilhões ao ano.
Esse contingente pertencia aos quados da segurança pública, da saúde e da educação. “As pessoas estão desesperadas e, temos confirmação, que alguns já se suicidaram porque contavam com essa recomposição nos salários”, disse o major Luigi Alberto.
Em Brasília, os servidores aposentados percorrem os gabinetes dos parlamentares para convenvencer sobre a intervenção no governo através da ADI no Supremo Tribunal Federal (STF).
Eles foram na representação do PDT, através do deputado André Figueiredo, na liderança do PT com Lindberg Farias, no PSol com Ivan Valente, e no PSD, com os deputados Pedro Paulo e Laura Carneiro.
“Não se trata de ir buscar a oposição, mas sabemos que os partidos de apoio ao governador não querem se indispor com Cláudio Castro”, expligou Luigi Alberto.