O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pretende pautar amanhã a urgência o PDL para derrubar o IOF
Por Misto Brasil – DF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou as férias de julho esta segunda-feira (16). Em janeiro, Haddad cancelou as férias “após o pronto restabelecimento de seu familiar, que passou por um procedimento cirúrgico no final do ano, motivo da marcação de férias neste período”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pretende pautar a urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para esta segunda-feira. O PDL derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Haddad fica de férias até 22 de junho, período em que será substituído pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. A CNN procurou o Ministério da Fazenda, mas não recebeu respostas até a publicação deste texto.
O ministro iria tirar férias entre 11 a 20 de julho de 2025, mas as datas foram antecipadas. A informação foi publicada no Diário Oficial da União de 5 de junho.
Hugo Motta informou que decidiu pautar a urgência do PDL que derruba o aumento do IOF.
O presidente da Câmara justificou que o clima na Casa “não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”.
Se a urgência for aprovada, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. Na prática, a tramitação da proposta será acelerada.
Hugo se reuniu com o presidente Lula da Silva (PT) no Palácio do Alvorada ontem (14). O ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) também participou do encontro. O tema da reunião não foi oficialmente divulgado.
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), negou que haja uma “crise” sobre o tema. Segundo ele, o acordo firmado com Motta e os líderes partidários é para votar apenas a urgência e não o mérito da proposta em si.
O Ministério da Fazenda estima arrecadar cerca de R$ 31,4 bilhões até 2026 com a medida provisória (MP) alternativa do decreto que aumentou o IOF.
Apesar de já ter recuado em relação ao texto original, que previa arrecadação de R$ 20 bilhões em 2025, o governo ainda espera levantar cerca de R$ 7 bilhões elevando o IOF.