É a promessa que saiu após um encontro entre o secretário de Estado, Antony Blinken, e o presidente chinês, Xi Jinping
Por Misto Brasília – DF
Os EUA e a China manifestaram compromisso de estabilizar as suas relações diplomáticas, afirmou nesta segunda-feira (19) o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.
A declaração aconteceu após uma reunião em Pequim com o presidente chinês, Xi Jinping, que marcou a primeira visita de um secretário de Estado dos EUA à China desde 2018, segundo informou a DW.
“Em todas as reuniões, insisti que o contato direto e a comunicação sustentada ao mais alto nível eram a melhor maneira de gerir as diferenças com responsabilidade e de garantir que a concorrência não se transforme em conflito”, explicou Blinken, em declarações no final do encontro com o líder chinês.
O encontro vinha sendo encarado com expectativa após anos de deterioração das relações entre os dois países. Com a visita, Blinken também se tornou a mais alta autoridade dos EUA a visitar a China desde que o presidente Joe Biden iniciou seu mandato, em 2021.
“Ouvi o mesmo da parte dos meu homólogos chineses. Concordamos com a necessidade de estabilizar relações”, acrescentou o secretário de Estado americano no segundo e último dia da visita oficial a Pequim.
“Esta visita não vai resolver, de imediato, todos os problemas ou divergências que existem entre nós. Mas ambos concordamos que é fundamental gerir bem o nosso relacionamento”, disse o secretário.
De acordo com a mídia, apesar dos gestos, durante a reunião com Xi e outros membros do regime chinês, o secretário expôs as diferenças de visão dos EUA em relação a temas delicados para Pequim, como a situação de Taiwan e as reivindicações territoriais chinesas no Mar da China Meridional.
“Também discutimos a violação de direitos humanos em Xinjiang e no Tibete, as divergências a nível comercial e a detenção ilegal de cidadãos americanos”, acrescentou Blinken.
Ainda assim, os dois países trataram de encerrar a visita com elogios e palavras de aproximação.
O presidente chinês disse que a passagem de Blinken por Pequim permitiu avanços nas relações entre os dois países, que praticamente fecharam os canais diplomáticos nos últimos meses, após Washington ter mandado abater um suposto balão espião chinês que sobrevoou o território americano, em fevereiro passado.