CPI aprova relatório, mas o resultado não agradou

Deputados distritais Pasto Daniel e Hermeto DF Misto Brasil
Deputados distritais Pastor Daniel e João Hermeto na CPI da Câmara Legislativa/Divulgação/CLDF
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Depois de um longo embate, o texto recebeu seis votos contra um. O nome do general Gonçalves Dias foi retirado como indiciado

Por Misto Brasil

Os membros da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa aprovaram por seis votos contra um, o relatório do deputado João Hermeto (MDB). O único voto contrário foi do deputado Fábio Félix (PSol).

O relatório possui 444 páginas e foi lido na parte da manhã e à tarde. O documento será encaminhado ao Ministério Público Federal e para a Procuradoria-Geral do Distrito Federal. É provável que uma cópia também seja levada para o Supremo Tribunal Federal.

O Misto Brasil transmitiu ao vivo a sessão. Veja os vídeos logo abaixo

O texto inicialmente colocou entre os 135 indiciados, o nome do general da reserva Gonçalves Dias, que chefiava o Ministério do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

À tarde, por conta de um requerimento apresentado pelo deputado distrital Chico Vigilante, o nome do general foi retirado. O requerimento foi aprovado por quatro a três.

O resultado desagradou os parlamentares de centro e direita. “Acabou em pizza”, exagerou o deputado Thiago Manzoni (PL).

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) votou na integralidade do texto do relatório, mas no final disse que há um “misto de frustração”, por conta da retirada do nome de Gonçalves Dias.

Ele também lamentou que não foi incluído no texto o nome do ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino. “Ele sabia de tudo e nada fez”, segundo ele, sobre as invasões nos três prédios da República.

O deputado Chico Vigilante (PT), que presidiu a CPI, disse que o resultado da comissão foi positivo. O mesmo entendimento teve o presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luis (MDB).

Após a leitura do relatório oficial, o deputado distrital Fábio Felix chegou a apresentar um “relatório paralelo”, um voto em separado, para ser apreciado, registrou a Agência CLDF.

O distrital questionou algumas conclusões do relator e pediu o indiciamento de nomes poupados pelo colega.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o voto em separado requer o indiciamento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente; do general Augusto Heleno; de Anderson Torres, secretário de Segurança à época, entre outras pessoas.

O texto sequer foi analisado e votado e foi arquivado pelos colegas, já que prevaleceu o relatório oficial da CPI.

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