Forças Armadas autorizadas a combater garimpo na Terra Yanomami

Yanomami Ibama avião incendiado Misto Brasília
Agente do Ibama observa avião incendiado na área yanomami/Arquivo/Ibama
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A portaria assinada pelo ministro José Múcio Monteiro autoriza as três forças a realizar ações na região até dezembro

Por Misto Brasil – DF

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, assinou a portaria que autoriza o emprego, temporário e episódico, de meios das Forças Armadas em apoio às ações governamentais na Terra Indígena Yanomami.

A ativação do Comando Operacional Conjunto Catrimani II está autorizado desde o dia 1° de abril até o dia 31 de dezembro. A portaria foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.

Leia – Conselho reclama da falta de apoio do governo aos yanomamis

O objetivo é que agentes da Marinha, Aeronáutica e Exército permaneçam em condições de disponibilizar recursos operacionais e logísticos ao Comando Operacional Conjunto ativado.

O ministro também determina que haja acompanhamento permanente da operação e interrompa o fluxo logístico das atividades de apoio ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

A portaria prevê que as Forças Armadas devem apoiar as atividades governamentais e “fortalecer a imagem conjunta das Forças Armadas na sociedade, com o estabelecimento de comunicação estratégica de defesa”.

Demarcada em 1992, a terra Yanomami é o maior território indígena do  Brasil. Casos de malária e desnutrição grave revelados na região em 2023 geraram comoção nacional e internacional, além de mobilizações contra a mineração de ouro.

A divulgação do retorno de garimpeiros e de novos casos de doença em 2024 levou o governo a anunciar novas medidasque não acabaram com os problemas.

O site Nexo lembra que o governo federal decretou emergência na terra Yanomami em 2023  depois de ter resgatado da região crianças em estado grave de saúde.

Equipes do Executivo estavam no território desde o começo do ano para verificar denúncias divulgadas no fim de 2022 sobre uma crise sanitária local. Quadros de malária, desnutrição severa e infecção respiratória aguda acometiam bebês e idosos, entre outros grupos.

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