CPI da Lava Jato se transformou num “mico político”

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Está nas mãos do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (Dem-RJ), a decisão de instalar ou não a CPI da Lava Jato. A proposta de criação da comissão em maio passado, pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), está num impasse porque até esta noite, 49 deputados apresentaram requerimento para retirada de suas assinaturas de apoio. Foram 190 no total para um mínimo de 171.

Os requerimentos de fato não tem nenhuma validade legal e prática, porque já foi publicado e protocolado a justificativa e a relação de apoiadoresl. Pelo Regimente Interno da Câmara, após esta fase, a retirada de apoio não tem valor legal.

Agora, o caso é político, porque muitos disseram que foram levados ao erro ou enganados para assinar o requerimento. Além disso, como lembra o repórter Humberto Azevedo, em sua coluna na agência Política Real, o caso é visto pelos deputados como uma plataforma política do Partido dos Trabalhadores. E não querem dar uma plataforma aos petitas a menos de quatro meses das eleições.

Do ponto de vista atual, só existiriam duas saídas. Uma delas é o deputado Rodrigo Maia alegar aspectos técnicos e legais para a não instalar da CPI e assim arquivar o requerimento. A outra, seria 96 deputados da lista de 190 propor uma outra justificativa para a CPI. Maia disse que ainda não analisou o documento. “Ainda não li o teor do pedido de CPI e ele será analisado como todos os outros, sem nenhum julgamento de mérito, mas sempre no intuito de respeitar a Constituição, as leis brasileiras e o Regimento Interno”. Nesta quarta-feira, às 10 horas, deverá acontecer uma reunião dos líderes com Maia para se encontrar uma solução para a confusão.

A lista dos arrependidos

Rogério Rosso (PSD-DF);

Vítor Valim (PROS-CE);

Covatti Filho (PP-RS);

Darcísio Perondi (PMDB-RS);

Osmar Terra (PMDB-RS);

José Rocha (PR-BA) – líder do partido;

Giovani Cherini (PR-RS);

Luiz Carlos Heinze (PP-RS);

Flaviano Melo (PMDB-AL);

Evair de Melo (PP-ES);

Laura Carneiro (DEM-RJ);

Gonzaga Patriota (PSB-PE);

Goulart (PSD-SP);

Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE);

Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO);

Valdir Colatto (PMDB-SC);

Roney Nemer (PP-DF);

Toninho Wandscheer (PROS-PR);

 Alceu Moreira (PMDB-RS);

 Jorge Silva (SD-ES);

 Jerônimo Goergen (PP-RS);

 Jhontan de Jesus (PRB-RR);

 José Stédile (PSB-RS);

 Júlio Delgado (PSB-MG);

 Augusto Carvalho (SD-DF);

 Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC);

 Pompeo de Mattos (PDT-RS);

 Celso Maldaner (PMDB-SC);

 Rubens Bueno (PPS-PR);

 Paulo Foletto (PSB-ES);

 Lelo Coimbra (PMDB-ES) – líder da maioria;

 Moses Rodrigues (PMDB-ES);

 Junji Abe (PMDB-SP);

 Átila Lins (PP-AM);

 Marcus Vicente (PP-ES);

 Beto Mansur (PMDB-SP);

 Arnaldo Jardim (PPS-SP);

 Marcelo Delaroli (PR-RJ);

 Sandes Júnior (PP-GO);

 Benjamin Maranhão (PMDB-PB);

 Bebeto (PSB-BA);

 Valadares Filho (PSB-SE);

 Pedro Chaves (PMDB-GO);

 Renato Molling (PP-RS);

 Marcelo Matos (PSD-RJ);

 Assis Couto (PDT-PR);

 Osmar Serráglio (PMDB-PR);

 Herculano Passos (PMDB-SP);

 Rosângela Gomes (PRB-RJ).

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