Frejat diz que projeto da saúde é um incentivo ao “excremento do demônio”

A sessão extraordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal deverá reunir nesta quinta-feira (24) à tarde, milhares de manifestantes contrários à proposta do governo de Ibaneis Rocha (MDB), que na prática terceiriza o atendimento público nos hospitais e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

O projeto delega o atendimento da Secretaria da Saúde para as organizações sociais através da Organização Hospitalar do Distrito Federal, a ser criada por projeto que será analisado e votado pelos deputados distritais.

O Misto Brasília vai transmitir ao vivo a sessão extraordinária da CLDF

A principal oposição à proposta e da área de saúde. A Associação Médica do Brasília, Sindicato dos Médicos do Distrito Federal e a Associação dos Estudantes de Medicina do Distrito Federal estão convocando os estudantes para fortalecer os protestos.

Numa gravação que viralizou nos grupos do WhatsApp, o ex-secretário da Saúde Jofran Frejat faz um duro protesto contra o projeto do governo. O ex-candidato que renunciou na campanha eleitoral do ano passado e que depois hipotecou apoio a Ibaneis Rocha, comparou a proposta com o “velho Inamps” que ficou esvaziado e os servidores desmotivados.

Jofran Frejat está em viagem, mas na gravação encaminhada a uma pessoa chamada Rogério, afirma com todas as letras que o projeto só beneficia as organizações sociais. Segundo ele, há um propósito de desqualificar os servidores (médicos, técnicos e enfermeiros) e descaracterizar o serviço do Sistema Unificado de Saúde (SUS). “O pessoal quer dinheiro, que é o excremento do demônio”.

Numa assembleia geral extraordinária, os médicos concluíram que a medida “provoca danos ao sistema público de saúde do Distrito Federal” e a precarização das carreiras, salários e aposentadorias dos servidores da Saúde.

“É um assunto complexo que não pode ser tratado desta forma, sem passar pelo Conselho de Saúde e sem sequer haver discussão nas comissões da Câmara Legislativa e realização de audiências públicas e participação dos órgãos de controle”, destaca o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

As categorias querem a abertura de negociações e criação de grupo de trabalho com representantes de trabalhadores, órgãos de controle externo e de controle social para a elaboração de proposta alternativa que promova melhora na prestação de assistência à população de forma sustentável em sem prejuízo aos trabalhadores da saúde e suas famílias.

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