A direção da Petrobras informou ontem ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) que não aumentou os preços dos combustíveis por conta dos ataques às instalações de refinarias na Arábia Saudita. O ataque aconteceu no sábado, mas no domingo e segunda-feira (16) os postos revendedores do Distrito Federal alteraram os preços em até 20 centavos. A especulação foi observada pelos motoristas especialmente no preço da gasolina.
O abuso foi observado em todas as redes, que já foram acusadas de cartelização dos preços. O sindicato dos postos informou que os reajustes foiramuma “coincidência” ao citar os ataques por drones, mas não explicou os fatos econômicos que determinaram a definição do litro da gasolina em até R$ 4,55. Para os empresários, seria uma “recomposição de preços”, mas hoje pela manhã em alguns poucos pontos do DF ainda era possível encontrar o litro da gasolina a R$ 4,17, como em Samambaia.
No sábado pela manhã, a maioria dos postos vendia o litro a R$ 4,10 ou R$ 4,15. O Procon-DF e o Ministério Público do DF ainda não se manifestaram se irão investigar uma nova combinação de preços entre as redes de distribuição.
Numa entrevista à TV Record ontem, o presidente Bolsonaro informou a partir de informações da Petrobras, que a tendência é seguir o preço internacional que vem da refinaria para a bomba, no final das contas. O governo federal já zerou os impostos da Cide e não podemos exigir nada de governadores no tocante ao ICMS. Conversei agora há pouco com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e, como é algo atípico, ele não deve mexer no preço do combustível”, disse o presidente.
Uma outra fonte, desta vez que não foi identificada pelo O Globo, informou que companhia vai aguardar a volatilidade dos preços e tomar uma decisão. A estatal tem mecanismos de proteção, com a sua política de hedge. Além disso, o preço do barril fechou a US$ 68. Por isso, não há nada que justifique ainda um aumento.