Modelos, designers e fotógrafos de moda negros começaram a publicar nas redes sociais as suas próprias versões das capas da Vogue, exigindo uma mudança na indústria para garantir uma maior diversidade e oportunidades.
“Durante demasiado tempo, as portas da indústria da moda estiveram fechadas a tantos homens e mulheres negros”, disse no Twitter Micah Butler, director criativo da marca Kings Arise Clothing, numa publicação sobre o desafio que, entretanto, se tornou viral. “A nossa cultura é sempre acolhida, mas muitas vezes somos excluídos. Rezo para que isso comece a mudar. Precisamos de assistir a uma verdadeira mudança.”
Em 2018, a edição britânica da Vogue nomeou o seu primeiro editor negro, Edward Enninful, nascido no Gana. Já a publicação americana relembra, num artigo publicado a propósito do desafio, que “não é segredo que os fotógrafos por detrás da maioria das capas das revistas são brancos e homens (…). Foi apenas há dois anos que Tyler Mitchell se tornou o primeiro fotógrafo afro-americano a fotografar uma história de capa para a Vogue”.
Grandes empresas, desde gigantes do entretenimento a empresas de beleza e marcas desportivas, têm vindo a partilhar mensagens nas redes sociais em que apelam à igualdade desde o início dos protestos por causa da morte de George Floyd, com alguns críticos a acusá-los de usarem o movimento para marketing.