Os casos de pandemia bateram um novo recorde no Distrito Federal nesta segunda-feira. O boletim epidemiológico divulgado no início da noite aponta 2.888 diagnósticos em 24 horas, totalizando desde março do ano passado 308.539 casos confirmados do novo coronavírus.
O boletim também informa que foram registradas 17 mortes, com um total de 4.979 vítimas fatais da doença. Nos últimos 15 dias, houve um aumento de 70% na média de óbitos. O total de casos nas últimas 24 horas é 161% superior ao contabilizado no domingo (07) passado. Sobre a ocupação dos leitos de UTIs, a taxa no final da tarde chegava a 93%, com apenas 17 vagas disponíveis na rede pública de saúde. Nos hospitais particulares, a ocupação é de 92,4%.
Toque de recolher passa a vigorar no Distrito Federal a partir desta segunda-feira
O Brasil também registrou hoje um recorde, sendo o décimo-terceiro dia consecutivo na média móvel de mortes causadas pelo Covid-19. Foram 987 mortes nesta segunda-feira (08). O indicador, em comparação com o verificado há 14 dias, sofreu acréscimo de 40,7%, indicando tendência de alta nos óbitos. Nas últimas 24 horas, foram anotados 32.321 novos infectados.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje (8) que espera ter, neste mês, de 25 milhões até 28 milhões de doses entregues aos estados para cumprir o Plano Nacional de Imunização (PNI). Pazuello apresentou a estimativa após uma reunião na Fundação Oswaldo Cruz, da qual participaram o governador do Piauí, Wellington Dias, e representantes da Fiocruz e do Itamaraty.
Outros governadores participaram da reunião por videoconferência, assim como a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, que está de quarentena por ter tido contato com uma pessoa diagnosticada com covid-19.
O ministro informou que já vinha mantendo contato com o governador Wellington Dias e que chegaram à conclusão de que era preciso ir à Fiocruz para discutir as questões da vacina pessoalmente. De acordo com Dias, que é representante do Fórum Nacional de Governadores, isso foi importante para definir o cronograma de entrega de vacinas para março e ter a sinalização do que está previsto a partir de abril.
Segundo o governador, no encontro, também foi explicada a dificuldade causada pela falta de remessa das doses da AstraZeneca, que viriam da Índia. De acordo com Dias, a justificativa do governo da Índia é que, lá, a situação se agravou perante a população. Para o governador, isso alterou o calendário feito pelos estados.