Que mal fizemos a Deus, nós que gostamos tanto de Brasília, para passarmos tanta vergonha com cidadãos que se aboletam no Senado da República para revolverem-se na lama dos vícios, das trapaças.
Joaquim Roriz saiu do Senado, após renunciar, ao ser acusado de lavagem de dinheiro na compra de gado, no episódio conhecido como “bezerra de ouro”; José Roberto Arruda renunciou por mentir em plenário sobre a violação do painel eletrônico, no episódio da cassação do então senador Luiz Estevão; Arruda quando governador acabou preso por crime de obstrução à Justiça no escândalo da ” Caixa de Pandora”; Luiz Estevão está preso na Papuda por causa de outro escândalo, o desvio de dinheiro na construção do TRE de São Paulo; Gim Argelo está preso em Curitiba, por ter cobrado propina de empresários que tentavam fugir da desmoralizada CPI da Petrobrás.
Com exceção de Gim Argelo, que virou senador com a renúncia de Joaquim Roriz, essa turma levou a capital do país às páginas policiais por um bom tempo. Agora aparece de forma impudente, descarada e desavergonhada o senador sem votos, Helio José (PMDB-DF), o adorador de melancia.
Como um mentecapto, um néscio, Helio José desembarca no órgão regional que cuida do patrimônio da União e brada o nome do seu indicado pelo Palácio do Planalto aos quatro cantos, exigindo que uma servidora de carreira deixasse imediatamente a sua sala. Ora, o ex-petista, ex-dilmista e agora peemedebista Helio Gambiarra, como é popularmente conhecido, mergulhou no precipício político sem paraquedas.
Seu voto será importante para garantir o “fora Dilma”, ainda neste mês, e a posse definitiva de Michel Temer como Presidente da República, mas os seus desatinos tendem a lhe colocar para fora vida pública até 2018, quando terminará o seu mandato.
Helio José deveria ter procurado Rodrigo Rollemberg e dele se aconselhado antes de bravatear dentro de um órgão ocupado por petistas de carteirinha, a turma dos tempos do Lula. Mas talvez nada ouvisse.
O impopular Rollemberg não está dando conta nem dele mesmo, quanto mais de um mala sem alça.