O empresário Léo Pinheiro, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, prestou novo depoimento ao juiz federal Sérgio Moro. Neste depoimento, ele detalha um esquema para abafar escândalos que poderiam atingir o governo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras.
Assista o depoimento no vídeo ao lado
Na sua fala que você poderá assistir ao lado e que foi gravado pela Justiça, o empreiteiro envolve os nomes do ex-senador Gim Argelio, atualmente preso, o do ex-ministro Ricardo Berzoini no governo Dilma Rousseff, e o ex-senador e hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rego.
Rego foi presidente da CPMI. Houve doações de recursos para o PMDB (R$ 2,5 milhões) e para uma igreja indicada por Gim Argelo no valor de R$ 350 mil.
Numa reunião de almoço, Pinheiro teria sido abordado a pagar dinheiro para que as empresas investigadas não fossem chamadas para oitivas na CPMI. O empresário narra detalhes de pelo menos três reuniões. Na terceira, a OAS teria “que se virar” porque não teriam sido cumpridos acordos com o grupo.