Por mais que tente, a cada dia que passa o presidente Temer fica mais isolado no Planalto. As últimas horas evidenciaram essa realidade de maneira dramática.
Comecemos pelo ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures. Flagrado pela Polícia Federal com uma mala de dinheiro supostamente de propina, ele apresentou-a às autoridades. Faltavam, porém, R$ 35 mil de um total de R$ 500 mil. O destino dessa fração do dinheiro ainda é desconhecido e a situação, no mínimo, constrange o Planalto.
Outro assessor especial, Tadeu Filipeli, foi preso em operação da Polícia Federal. Igualmente homem da confiança de Temer, a prisão de Filippelli poderá jogar novas luzes sobre os fatos que ocorrem no coração do governo.
Por fim, o ex-deputado Sandro Mabel, que também prestava serviços a Temer, pediu demissão. Um afastamento no mínimo suspeito.
No âmbito da imprensa, a pressão só cresce. O grupo Globo, em especial, adotou um tom firme contra o governo. Outros órgãos de menor porte seguem a mesma linha.
É fato que o presidente ainda tem em mãos recursos políticos para estancar a sangria. Esses recursos, porém, são cada vez mais escassos. A senha agora está nas mãos do PSDB. Caso o partido abandone o barco, a governabilidade de Temer estará acabada e, com ela, o próprio governo.
Aguardemos os próximos capítulos.