As fabricantes de aviões Embraer e Boeing estão discutindo uma combinação de seus negócios, disseram as companhias nesta quinta-feira, em um movimento que pode consolidar um duopólio global na indústria de aviação.
As ações da Embraer fecharam em alta de 22,5%, na maior valorização desde junho de 1999. Porém, o giro financeiro do papel foi o sétimo maior do pregão nesta quarta-feira. As ações da Boeing fecharam em baixa de 1,2%.
Em meio a essa notícia, o presidente Temer disse hoje à tarde que no seu governo a Embraer não será vendida. A empresa deixou de ser estatal, mas o governo tem a última palavra nesse tipo de negociação. A possibilidade da venda da empresa brasileira foi repudiada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Para a entidade, que representa os trabalhadores da companhia, a Embraer é estratégica para o país e não pode ser vendida para capital estrangeiro.
A informação sobre uma união das companhias, primeiramente noticiada pelo jornal The Wall Street Journal, veio dois meses após a Airbus, rival europeia da Boeing, ter fechado acordo para adquirir uma parcela majoritária no programa de aviões regionais CSeries, da canadense Bombardier, rival direta dos jatos da Embraer, que é principal fornecedora de aviões para a Força Aérea Brasileira.