Aparentemente a prisão do ex-presidente Lula da Silva mexeu com a opinião do eleitor, segundo demonstra pesquisa do Datafolha divulgada hoje pela Folha. A leitura também pode ser um cenário que analisa o pleito que está mais próximo e o eleitorado começa a ter uma consciência melhor do processo e da escolha dos pré-candidatos hoje em torno de 18 (incluindo Aldo Rebelo).
O petista aparece agora com 31% das intenções de voto, uma queda em relação ao levantamento anterior, realizado no fim de janeiro quando aparecia com 37%. A nova pesquisa foi feita entre quarta (11) e sexta-feira (13) com 4.194 pessoas de 227 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Com Lula da Silva disputando a eleição, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 15% das intenções de voto e a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 10%. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) aparecem tecnicamente empatados nesse cenário, com 8% e 6% das intenções de voto, respectivamente.
Em seguida, aparecem o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 5%, Álvaro Dias (Podemos) e Manuela Dávila (PCdoB), com 2%.
A pesquisa também analisa outros cenários, segundo relata a Veja: com o PT lançando o ex-prefeito Fernando Haddad e o ex-governador Jaques Wagner e até mesmo com o partido fora da eleição. Nesse último cenário, sem Lula e sem a candidatura à reeleição de Michel Temer (MDB), Bolsonaro e Marina aparecem tecnicamente empatados, com 17% e 15% das intenções de voto, respectivamente. Também aparecem empatados nesse cenário Joaquim Barbosa (9%), Ciro Gomes (9%) e Geraldo Alckmin (8%).
Pré-candidatos que estiveram ao lado de Lula antes de sua prisão, como Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos (PSOL), aparem lá atrás, com 2% e 1% das intenções de voto, respectivamente. O empresário Flavio Rocha (PRB), apoiado pelo MBL, também aparece com apenas 1% das intenções de voto, mesmo desempenho obtido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).