O 1º de maio poderá ser marcado por truculência por parte dos militantes do PT e seguidores do ex-presidente Lula da Silva, principalmente, em Curitiba, no Paraná.
Este ano, a novidade é a concentração de trabalhadores, que reunirá todas centrais sindicais, agendada para esta terça-feira em Curitiba. Com maior peso do que a tradicional concentração no estado de São Paulo, em decorrência da prisão de Lula da Silva, desde 7 de abril. O policiamento, claro, será reforçado.
Os tiros disparados contra o acampamento Marisa Letícia e a postura intimidatória do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, Milton Simas Júnior, que cerceou o direito de trabalhar dos repórteres da afilhada da Record no Paraná, Marc Souza e do seu colega repórter-cinematográfico Diogo Cordeiro, ambos da RICTV, indicam que o clima deverá ficar quente.
Ou a cobertura jornalística será poupada de truculência por interessar a divulgação do envento em âmbito nacional e internacional?
Com a bandeira maior intitulada “Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre”, o PT informa que pela primeira vez, desde a redemocratização, as sete maiores centrais vão se reunir na manifestação na capital do Paraná.
Segundo o site da legenda, a defesa da liberdade do ex-presidente Lula unificou CUT, Força, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical. Além disso, reforça que Lula é preso político.
A manifestação histórica desta terça-feira, terá início às 14h na Praça Santos Andrade (Praça da Democracia), no centro histórico de Curitiba. Está prevista participação de cantores que se posicionaram a favor de Lula, conforme o site do partido “em defesa da democracia”, tais como Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadu, o rapper Renegado, além artistas locais. Chico Buarque não confirmou até o momento presença na manifestação.
Em tempo, Lula da Silva foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá. Segundo a Operação Lava Jato, Lula recebeu propina de R$ 2,2 milhões da OAS na forma de ampliação e melhorias do imóvel situado no litoral paulista, que o petista afirma não ser seu.
O ex-presidente ainda responderá a mais seis processos criminais. São quatro em Brasília e dois sob condução do juiz Sérgo Moro.
Um deles sobre o sítio de Atibaia, que o ex-presidente não reconhece ser de propriedade dele. Outro diz respeito à suposta propina da empreiteira Odebrecht para aquisição de um apartamento vizinho ao imóvel onde reside em São Bernardo do Campo e de um terreno onde seria instalada a futura sede do Instituto Lula. Lula nega as acusações e se diz inocente.