Seis ex-ministros da Educação de diferentes governos entre 1991 e 2016 lançaram nesta terça-feira (04) uma carta contra os cortes na pasta e perseguição ideológica. O grupo defendeu ainda a autonomia acadêmica e expressou preocupação com o rumo da política para o setor no governo Jair Bolsonaro..
O documento foi assinado por José Goldemberg, Murilo Hingel, Cristovam Buarque, Fernando Haddad, Renato Janine Ribeiro e Aloizio Mercadante, que ocuparam a pasta nos governos Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Os seis participaram de lançamento da carta num evento na Universidade de São Paulo (USP).
“Embora de partidos e governos diferentes, tentamos fazer com que o país saísse da tragédia da educação. Tanto no atraso tecnológico como no atraso da desigualdade. Estamos aqui porque sentimos uma ameaça nessa marcha que foi feita nas últimas décadas”, destacou Cristovam Buarque.
Em nota, os ex-ministros afirmam que os contingenciamentos da atual magnitude na educação e saúde podem ter efeitos catastróficos. “Uma criança que não tenha a escolaridade necessária pode nunca mais se recuperar do que perdeu. Cortar recursos da educação básica e do ensino superior, no volume anunciado, deixará feridas que demorarão a ser curadas”, diz o documento.