A cidade de Ceilândia passou a ser oficialmente a Capital da Cultura Nordestina do Distrito Federal. O título veio com a sanção da Lei 6.474 pelo governador em exercício Paco Britto (Avante) no ultimo dia de 2019.
O título é em razão da grande influência dos nordestinos na cidade satélite criada no início dos anos 1970, a partir da construção do Plano Piloto. Hoje, Ceilândia possui 433 mil habitantes, 70% dos quais baianos, cearenses, maranhenses, pernambucanos e piauienses. A maioria da população (52, 5%) é do sexo feminino.
Foram transferidos 82 mil moradores das ocupações não regulares da Vila do IAPI, Vila Tenório, Vila Esperança, Vila Bernardo Sayão Colombo e Morro do Querosene, para os setores “M” e “N”, ao norte de Taguatinga. O projeto de relocação, chamado de Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), daria o nome à cidade.
“O Nordeste se encontra em Ceilândia. E se faz presente, sobretudo, pela sua cultura, rica e diversificada, indo do bumba meu boi ao frevo, do maracatu ao samba, além de outras manifestações”, destacou o secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, registrou a Agência Brasília.
“Tenho quase 50 anos de Ceilândia, amo essa cidade. No começo, a nossa banca ficava ao relento, no barro. Com ela, ajudei meu marido a criar nossos sete filhos”, disse a feirante baiana Laurita Pereira dos Santos, que chegou à nova capital do país em 1964.