Os rios da região de Brumadinho, em Minas Gerais, continuam a mostrar as “profundas cicatrizes” do desastre causado pelo rompimento da barragem da Vale que matou 270 pessoas há um ano, de acordo com um relatório da Fundação SOS Mata Atlântica.
“As cicatrizes profundas ainda estão abertas na geografia, no rio, nas pessoas e no meio ambiente”, disse a ONG após coletar amostras de água em 21 pontos nas bacias dos rios Paraopeba e do Alto São Francisco.
Em 25 de janeiro de 2019, a barragem da mina Córrego do Feijão rompeu vertendo milhões de toneladas de resíduos em questão de segundos no município mineiro de Brumadinho.
O relatório explica que nos 21 municípios analisados, a água coletada registrou vestígios de poluição que a tornam “imprópria” para consumo, afetando por tempo indeterminado as comunidades que dependem dos rios. No total, 365 quilômetros deste rio continuam “impróprios” para consumo. O relatório detectou “concentração de metais pesados” em todo o rio Paraopeba.