A inflação segue a tendência de aumento na zona do euro registrada nos últimos meses
A inflação nos 19 países europeus que adotaram o euro como moeda atingiu o recorde de 10% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pela agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat. Essa é a taxa mais alta já registrada desde a adoção da moeda comum, em 2002.
A inflação segue a tendência de aumento na zona do euro registrada nos últimos meses. Em agosto, a taxa foi de 9,1%. Há um ano a inflação era de apenas 3,4%.
A alta da inflação, puxada pelos preços da energia elétrica e gás natural, sinaliza um inverno de recessão para uma das maiores economias do mundo. Os cortes no fornecimento de gás natural pela Rússia em meio à guerra na Ucrânia e os gargalos no abastecimento de matérias-primas e peças em meio à recuperação da economia mundial após a pandemia de covid-19 contribuiu para esse cenário.
De acordo com a Eurostat, os preços de energia subiram 40,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os preços dos alimentos, álcool e tabaco subiram 11,8%, e os de produtos industrializados, 5,6%.
Com uma inflação de 24,2%, a Estônia foi o país que registrou a maior taxa em setembro. O país foi seguido pela Lituânia, com 22,5%, Letônia, com 22,4%, e Holanda, 17,1%. A França teve o menor aumento no bloco, com 6,2%. A Alemanha registrou 10,9%, quando calculada de acordo com os padrões europeus, ou10%, segundo estimativa do Departamento Federal de Estatística do país (Destatis), informou a DW..