Da equipe de cinco cientistas, um é da Universidade Católica, dois da Universidade de Brasília e dois da Universidade de Minas Gerais
Por Misto Brasília – DF
O professor da Universidade Católica de Brasília (UCB), Marcelo Henrique Soller Ramada, é um dos cinco pesquisadores que integram a primeira expedição brasileira ao Círculo Polar Ártico.
A Operação Ártico I começou no sábado (08) com destino à Longyearbyen, capital de Svalbard, na Noruega. Da parte científica, além de Ramada, participam da expedição dois cientistas da Universidade de Brasília (UnB) e dois pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O professor coordena o Projeto Briotech, dentro do Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
Ramada coordenou três expedições à Antártica para estudar os musgos que compõem a vegetação do continente mais gelado do planeta. A maior conquista das expedições até o momento foi conseguir cultivar briófitas da Antártica no Brasil.
“Estamos conseguindo cultivar, sem contaminantes, nos laboratórios da UCB. Consideramos um resultado interessante para que possamos fazer o estudo dos genomas desses organismos, bem como para estudos de aplicações biotecnológicas”.
As briófitas são fundamentais para a regulação do clima ao redor do mundo. Elas sequestram um terço do carbono terrestre. São plantas extremamente resilientes ao ambiente em que estão inseridas e podem resistir a diferentes condições extremas.
Entre os objetivos da primeira expedição ao Ártico está o interesse em comparar as mesmas espécies de musgo que ocorrem na Antártica, que são chamadas de bipolares, e seus potenciais biotecnológicos.
Outra finalidade da viagem é buscar a colaboração com outros países na pesquisa nacional. Para realizar essa diplomacia, os pesquisadores devem visitar estações científicas e produzir relatórios que possam servir aos próximos visitantes.