O Brasil é o maior produtor mundial de arábica e que essa variedade responde por 75% da produção global de café
Por Misto Brasil – DF
O crescimento dos preços do café nas bolsas mundiais em 11% em agosto é causado principalmente pelo mau tempo no Brasil, que é o principal produtor do café arábica, disse à Sputnik o especialista em mercado de ações da empresa russa de serviços financeiros BKS Yevgeny Mironyuk.
De acordo com a ICE Futures, o custo dos contratos futuros de setembro do café robusta atingiu US$ 4.737 (R$ 25.918,5) por tonelada nas negociações de segunda-feira (19), 55% mais alto que no final do ano passado e 11% mais alto que no final do mês passado.
O arábica também está subindo, embora de forma mais moderada: hoje o preço máximo foi de US$ 2,496 (R$ 13,66) por libra de peso, ou US$ 5.502,7 (R$ 30.108,02) por tonelada, um terço mais do que no final de dezembro e 8,9% mais do que no final de julho.
“Os preços do café subiram depois que as geadas no Brasil aumentaram as preocupações com a estabilidade da oferta. Os produtores estão se preparando para outra onda de frio nos próximos dias”.
“Isso aumenta o risco para a safra desta e da próxima temporadas. […] A combinação de geadas, períodos de chuvas intensas e períodos de seca cria condições extremamente desfavoráveis para a produção de café”, disse Mironyuk, anotou a Agência Sputnik.
Ele lembrou que o Brasil é o maior produtor mundial de arábica e que essa variedade responde por 75% da produção global de café, enquanto o robusta responde por apenas 25%.