No exterior, o dólar ganhou força com os agentes financeiros continuando a se posicionar para o início do governo de Donald Trump
Por Misto Brasil – DF
O dólar à vista iniciou a semana em queda em meio à valorização das commodities. Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,0985 (-0,08%).
O desempenho destoou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, encerrou as negociações com alta de 0,30%, aos 109,953 pontos.
No exterior, o dólar ganhou força com os agentes financeiros continuando a se posicionar para o início do governo de Donald Trump, com expectativas de acirramento de guerras comerciais devido às promessas de tarifas pelo republicano.
No cenário doméstico, os investidores seguiram ajustando as posições em meio à continuidade das incertezas sobre o cenário fiscal e economia global ao longo do ano.
O mercado também acompanhou novas declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen. Em evento em São Paulo, ele afirmou que não houve nenhuma mudança na forma de o BC conduzir a política cambial e ressaltou que a autoridade monetária busca evitar disfuncionalidades.
Vale lembrar que em dezembro, o BC injetou mais de US$ 30 bilhões no mercado (cerca de R$ 19 bilhões), em uma série de intervenções. Sobre isso, Guillen disse que usualmente há uma “sazonalidade ruim” no câmbio no último mês do ano, que se somou a um fluxo negativo de dólares no país.
Além disso, a forte valorização das commodities favoreceram o real nesta segunda-feira (13), já que o Brasil é um país emergente e exportador de commodities.
O minério de ferro avançou quase 2% com a expectativa de que a China deve anunciar novos estímulos à economia. Já o petróleo superou a cotação de US$ 80 pela primeira vez desde outubro após o anúncio de novas sanções dos Estados Unidos ao petróleo russo e os efeitos esperados nas exportações para os principais compradores, entre eles de Índia e China, informou o InfoMoney.