Sidônio Palmeira disse que vai combater as fake news, que considera um movimento macabro, e vai valorizar a imprensa regional

Por Misto Brasil – DF

A cerimônia de posse do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República lotou o salão nobre do Palácio do Planalto. Saiu o petista raiz, deputado licenciado Paulo Pimenta (RS), e entra o publicitário baiano Sidônio Palmeira.

“Nunca pensei em estar aqui, mas não serei um porta-voz do governo”. Segundo ele, será um meio para o governo se comunicar.

Veja logo abaixo a entrevista com Sidônio Palmeira

Leia – Sebrae, casa de ferreiro, espeto de pau

O ministro tem uma estreita relação com o governo da Bahia, porque fez campanhas políticas do ministro Rui Costa e do seu sucessor no Palácio de Ondina. No discurso de posse, também fez questão de mencionar a primeira-dama Janja da Silva, que estava sentada ao seu lado no ato de posse.

O presidente Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, não discursaram. Pimenta, por sua vez, fez questão de dizer que conhecia o presidente desde a década de 1980.

E admitiu que o trabalho do sucesso será “enorme” e prometeu que a comunicação do governo federal “dará um salto enorme”. Pimenta volta para a Câmara como deputado, mas não sabe se terá um protagonismo maior no Congresso. “Vou esperar a missão que o presidente Lula me der”, falou ao site.

Na conversa rápida que teve com a reportagem do Misto Brasil, Sidônio Palmeira prometeu valorizar a imprensa regional. “Já sei o que vou fazer. Vamos valorizar a imprensa regional”, garantiu.

Nos últimos dois anos, o governo Lula da Silva esqueceu a imprensa nos estados. Tem privilegiado as bigs techs, embora tem um discurso de crítica pelas práticas adotadas pelas empresas multinacionais.

Na entrevista aos jornalistas que concedeu pouco depois da solenidade, o novo ministro disse que vai suspender a licitação de quase R$ 200 milhões para a publicidade digital.

O certame esteve sob suspeita, mas na semana passada acabou sendo autorizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

“Vou fazer uma nova licitação. Ainda neste semestre”, garantiu Sidônio. Provavelmente para privilegiar menos as plataformas e mais a imprensa como estratégia de combater as fake news, que ele considera um “movimento macabro”.

“A comunicação é a guardiã da democracia”, avalia o novo ministro da Secom.