No cenário doméstico, o dólar ganhou fôlego em meio a uma movimento de correção, após 12 sessões consecutivas de queda ante o real
Por Misto Brasil – DF
Depois de completar a maior sequência de perdas ante o real na história, o dólar à vista voltou ao território negativo com dados de atividade econômica e empregos nos Estados Unidos, mas fechou o dia em alta.
Números da indústria e declarações de autoridades também movimentaram o câmbio.
Leia – Haddad aponta 25 medidas prioritárias. Veja as medidas
Nesta quarta-feira (05), a moeda norte-americana encerrou a R$ 5,7942 (+0,38%). Apesar do avanço, o dólar acumula queda de mais de 6% no ano.
O movimento destoou da tendência vista no exterior. Às 17 horas (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, recuava 0,32%, aos 107.637 pontos.
No cenário doméstico, o dólar ganhou fôlego em meio a uma movimento de correção, após 12 sessões consecutivas de queda ante o real, com a divulgação de novos dados locais, anotou o MoneyTimes.
Entre eles, a produção industrial brasileira registrou queda de 0,3% em dezembro na comparação com o mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 1,6%.
O resultado ficou acima do esperado e refletiu na abertura da curva de juros.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também fez novas declarações nesta quinta-feira (o5). Ele reiterou que a reforma do Imposto de Renda (IR) a ser proposta pelo governo, que prevê isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, irá incluir medidas para compensar a renúncia fiscal.
“Nenhuma renúncia fiscal no Brasil pode ser feita sem compensação”, afirmou Haddad durante rápida entrevista ao lado do novo presidente da Câmara, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). “O presidente vai anunciar quando conveniente.”