Investidores ponderam sobre as incertezas comerciais e geopolíticas e incluem novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos
Por Misto Brasil – DF
A sessão do dia foi relativamente “morna” em termos de dados econômicos e informações a respeito dos desdobramentos das tarifas dos Estados Unidos. O dólar operou desde o início da manhã em tendência de baixa, com pequena oscilação.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,37%, aos R$ 5,7045. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 7,68%.
Às 17h02 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido — cedia 0,31%, aos R$ 5,7125, conforme divulgou o InfoMoney.
No mercado doméstico, continuamos a observar um intenso fluxo de captação internacional pelas empresas brasileiras. O Itaú Unibanco emitiu US$ 1 bilhão de bonds com vencimento de cinco anos, observou o especialista em investimentos da Nomad, Bruno Shahini.
A Raízen realizou outra operação no dia também, no valor de 1,75 bilhões de dólares, em duas tranches, com vencimentos de 12 e 30 anos.
A boa janela para captações internacionais, decorrente dos spreads de crédito em níveis historicamente favoráveis para países emergentes, vem dando suporte à oferta de dólares local, sendo um dos fatores de contribuição para sua queda no mês.
Além disso, estamos vendo um movimento de descompressão gradual nos prêmios de risco dos ativos locais desde dezembro, o que favorece ativos domésticos como bolsa, dólar e juros, anotou Shahini.
Nos EUA, a quinta-feira foi marcada por um movimento de correção e realização de lucros para setores com altas significativas recentes, como o financeiro, que fechou em recorde histórico na sessão anterior.