A chamada zona do euro é um subgrupo que inclui 20 dos 27 países da União Europeia (UE) que adotam o euro como moeda oficial
Por Misto Brasil – DF
As políticas comerciais protecionistas do presidente dos EUA, Donald Trump, e a crescente confiança de investidores na economia europeia promoveu uma escalada do euro, que subiu mais de 10% em relação ao dólar americano desde janeiro.
Nesta terça-feira (15), um euro valia 1,13 dólar.
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A chamada zona do euro é um subgrupo que inclui 20 dos 27 países da União Europeia (UE) que adotam o euro como moeda oficial. O bloco monetário vem se recuperando de uma leve recessão vivida em 2023, e registrou crescimento de 0,8% no ano passado. A projeção para 2025 é de crescimento de 1,3%.
As iminentes tarifas de 20% dos EUA sobre as importações da UE – atualmente suspensas por 90 dias – ainda podem prejudicar essa perspectiva. As sobretaxas impostas por Washington sobre o aço, o alumínio e os veículos também afetam as previsões e já reduziram a previsão de crescimento da Alemanha, por exemplo.
Mesmo assim, antecipando uma recuperação europeia e em meio à incerteza econômica nos EUA, muitos investidores estrangeiros têm preferido transferir ativos em dólar para ações e títulos europeus.
O movimento chamado de “fuga do dólar” acaba por valorizar o euro e subir seu preço. Na comparação com o real, por exemplo, a moeda saiu de R$ 6,13 em 1º de abril para R$ 6,66 em 11 de abril.
A força do euro também está sendo alimentada por políticas monetárias divergentes. Nos EUA, o Federal Reserve vem reduzindo as taxas de juros. Ao fazer isso, os empréstimos ficam mais baratos, e os investimentos em renda fixa entregam retornos menores.