Chamou atenção para as dificuldades de se construir acordos significativos entre as nações nos crescentes conflitos
Por Misto Brasil – DF
O presidente Lula da Silva (PT) discursou, nesta terça-feira (24), na abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA).
Em sua fala, o mandatário retomou sua crítica ao enfraquecimento de instituições internacionais e chamou atenção para as dificuldades de se construir acordos significativos entre as nações em um contexto de crescentes conflitos.
“Adotamos ontem, aqui, neste mesmo plenário, o ‘Pacto para o Futuro’. Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e de diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo”.
Lula reforçou tom crítico há tempos adotado por ele ao estado de coisas na sociedade internacional e suas principais instituições e voltou a defender uma reforma na ONU, como resposta aos novos problemas enfrentados, além de dar maior representatividade a nações que emergiram no período pós-guerras.
“Andamos em círculos entre compromissos possíveis, que levam a resultados insuficientes. Nem mesmo com a tragédia da Covid-19 fomos capazes de nos unirmos em torno de um tratado sobre pandemias na Organização Mundial da Saúde (OMS). Precisamos ir muito além e dotar a ONU dos meios necessários para enfrentar as mudanças vertiginosas do panorama internacional”.
“Vivemos momentos de crescentes angústias, frustrações, tensões e medo. Testemunhamos a alarmante escalada de disputas geopolíticas e de rivalidades estratégicas”
Como de praxe, o presidente do Brasil é o primeiro chefe de Estado a discursar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Integram a comitiva brasileira a primeira-dama, “Janja”, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor especial e ex-chanceler Celso Amorim.