Programa social depende de corte de recursos, diz Mourão

Vice-presidente Hamilton Mourão
Mourão se elegeu senador pelo Rio Grande do Sul/Arquivo/Marcos Oliveira/Agência Senado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, admitiu nesta quinta-feira que a criação do programa Renda Cidadã depende de corte de recursos em outras áreas ou alguma medida fora do teto de gastos, já que o governo não tem dinheiro extra, e que o Congresso terá que decidir.

“Vamos olhar a coisa aqui de uma forma muito clara. Se você quer colocar um programa social mais robusto que o existente, você só tem uma de duas linhas de ação: ou você vai cortar gastos em outras áreas e transferir esses recursos para esse programa, ou então você vai sentar com o Congresso e propor algo diferente, uma outra manobra, algo que seja, por exemplo, fora do teto de gastos, um imposto específico para isso e que seja aceito pela sociedade como um todo. Então, não tem outra solução”, disse a jornalistas.

Na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os líderes do governo no Congresso apresentaram a proposta de criação do Renda Cidadã, que fortaleceria o Bolsa Família. O novo programa seria financiado com parte dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e parte do dinheiro reservado no orçamento para pagamento de precatórios –dívidas da União com empresas e pessoas físicas, com decisão final da Justiça, que o governo é obrigado a pagar.

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