É segunda-feira, mas os fatos parecem que se repetem. Tudo bem, nada é exatamente igual, mas no geral na política parece que sim. Ontem à noite o presidente Michel Temer se reuniu com assessores. A crise que se arrasta por semanas não deve dar tréguas nesta e na próxima e na próxima.
Bom, vamos a alguns pontos.
01 – Em meio a essa crise, são tantas pesquisas que apontam esse e aquele candidato que chega a ser um tapa em nossa inteligência. O Brasil enterrado nessa lama, com todos esses políticos na berlinda, e tem gente que paga pesquisa para enganar. Aliás, quem paga essas pesquisas que custam acima de R$ 30 mil? Restos de campanha?
02 – O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse há duas semanas que o povo quer ver as vísceras. Bom, se for verdade, como acreditar nestas “intenções de votos”? Se as vísceras têm que ser abertas para que o país tenha um outro futuro, como acreditar que Lula da Silva dispara nessas consultas? Ok, certo, Lula tem seu número eleitoral, como a Marina Silva. O problema é a rejeição. Então, companheiros, sejamos mais honestos.
03 – Os Lulapetistas respondem com uma série de “melhorias” nos quatro governos anteriores. E eu pergunto: o roubo/corrupção nesse tempo todo não foi bem superior aos gastos sociais?
04 – O chamado mercado e muita gente que toca a economia, acham que Temer deve ficar até janeiro de 2019. Pior com ele, muito pior sem ele. Penso o contrário, se for tirar que tire logo e limpemos esta pauta. Não foi assim com Dilma? Foi, ou não foi?
05 – Na maré contrária, outro grupo de entusiastas quer eleições diretas já para a Presidência da República. E mais alguns outros, eleições gerais. Seria a solução para legitimar o governo e os políticos. Será mesmo? Com esse mesmo sistema político-eleitoral? Duvido.
06 – Penso que o problema não está somente nos partidos, nos políticos e no sistema político-eleitoral. A questão para que o Brasil tenha um futuro melhor está numa reforma do Estado. Opa, pera aí: reforma geral? Nunquinha, diriam os mais céticos. O Brasil não aguentaria esse tranco e esse tempo – um, dois ou três anos. Mas quando a doença é grave não é necessário um tratamento longo e rigoroso? E não seria o tempo suficiente para discutir questões realmente fundamentais e importantes, como segurança pública, sistema de saúde, de previdência, educação e uma nova e moderna sociedade? Deixo você com sua resposta.
07 – Por fim, acho que a questão brasileira é profunda. Criticar os políticos é muito fácil. Olhar para o próprio calcanhar é bem mais difícil. Requer equilíbrio e desprendimento. Assim, as cascas que dominam o Brasil há décadas também precisam entregar os anéis. Senão, não vai dar certo.