O chefe do serviço nacional de saúde da França, Jerome Salomon, anunciou nesta sexta-feira (14) que Paris e o departamento de Bouches-du-Rhône (onde fica Marselha, segunda maior cidade do país) foram declaradas como “zonas de risco” por causa do aumento acentuado de infecções por coronavírus nos últimos dias.
Em entrevista a uma rádio, Salomon alertou que “a situação está se deteriorando semana a semana” no país. Ele diz que os novos surtos estão aparecendo todos os dias por causa de reuniões familiares, festas e outras aglomerações durante as férias de verão. “Os indicadores são ruins, os sinais são preocupantes e a situação está se deteriorando. O destino da epidemia está em nossas mãos”, segundo informou a agência DW.
Ao decretar “zona de risco”, as autoridades têm mais poder para impor medidas mais restritivas nas cidades. Ainda não está claro que ações o governo pretende tomar, mas há possibilidade de que restaurantes e bares sejam fechados e que os habitantes sejam proibidos de fazer deslocamentos superiores a 100 quilômetros.
Salomon disse ainda que há “mais e mais pessoas testando positivo, mais e mais pessoas chegando aos hospitais”. “Precisamos reagir antes de contar novas mortes”, completou. O Ministério da Saúde francês relatou 2.669 novas infecções na quinta-feira. Com isso, o país contabiliza mais de 11 mil novos casos em uma semana.