A empresa se tornou um importante atrativo pela tecnologia a baixo custo
Realizado entre os dias 4 e 5 de novembro, o leilão do 5G no Brasil movimentou R$ 47,4 bilhões, e agora, chegou a hora das operadoras que arremataram os lotes começarem a instalar as tecnologias previstas nos editais pelas capitais brasileiras.
De acordo com a Folha de São Paulo, a Huawei já negocia com praticamente todas essas empresas para aquisição de equipamentos para essa implementação, e isso aconteceria por um motivo: a crise hídrica.
Segundo a mídia, a escassez de água fez o preço da energia elétrica atingir um dos patamares mais elevados, e nesse cenário, a Huawei se tornou um importante atrativo, uma vez que apresenta uma diferença ante outras empresas, como a Nokia e a Ericsson (que possuem a mesma tecnologia): o baixo custo de manutenção, que chega a cair 40%.
A companhia chinesa está no centro de uma disputa geopolítica entre os EUA e a China, a qual ficou bastante evidenciada na visita feita pelo conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jake Sullivan, ao Brasil em agosto.
Vencedora de lotes no Nordeste e Centro-Oeste durante o leilão do 5G, a Brisanet pretende iniciar no segundo semestre de 2023 a construção da sua rede de quinta geração. Já a ativação de serviços 4G a partir do 2,3 GHz será um dos focos no ano que vem, sobretudo para atendimento de áreas rurais, segundo a Agência Teletime.
Pelos termos do leilão, a operadora precisa implementar o 5G em municípios com menos de 30 mil habitantes do Nordeste e Centro-Oeste apenas a partir de 2026, além de 1,2 mil localidades nas duas regiões. “Temos certo conforto a nível de compromissos, mas como negócio, vamos iniciar antes”, prometeu o CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira.