Sete de setembro

Desfile 7 de Setembro DF 2022 Misto Brasília
Trator passa em frente ao palanque oficial no 7 de Setembro de 2022/José Cruz/Agência Brasil
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Professora diz que é estranho ao militante esquerdista que o presidente enalteça os símbolos oficiais

Por Mayalu Felix – MA

1. Há cerca de um ano tivemos um sete de setembro memorável. Milhões foram às ruas para fazer valer seu voto e reafirmar a democracia. Alguns, poucos, rarefeitos, lá como cá viam nessas manifestações legítimas e democráticas as sombras de suas pequenas vontades contrafeitas.



2. Continuam enxergando, lá como cá, um fascismo imaginário que vem de um governo que, entre outras, não controla a mídia nem tem projeto para isso. Esses visionários farejam beligerância em quem vai às ruas com os pais, os avós, bebês e toda a fascista composição familiar pequeno-burguesa que ofende as mentalidades revolucionárias. Para as ilustres cabeças pensantes, há um método obscuro na celebração da data nacional, que praticamente todos os países têm: na França, é 14 de julho. Nos EUA, 4 de julho. Aqui, é em 7 de setembro. Em comum? As fascistas cores da bandeira nacional em roupas, adereços, enfeites. É perigoso ser patriota.

3. Dizem que Bolsonaro operou o “aprisionamento do governo pelo estado”, mas interpretam com brandura a tomada de assalto da cor vermelha e de suas implicaturas nos governos do PT. Nesses casos, foi “cidadania”.

4. O Congresso, por sua vez, é refém quando aprova propostas do executivo, mas é independente quando se submete às ordens do judiciário. O novo normal dos esquerdistas é o rabo abanando o cachorro: toda uma pauta histórica de base cristã, como a defesa da vida, passa a ser parte do “fascismo nacional”. Esse fantasminha camarada do fascismo nacional serve de espantalho para rebater os argumentos contra a esquerda que a maioria do povo brasileiro tem. Sim, porque o povo, mesmo, é contra a invasão de propriedade, é contra o aborto, é contra a legalização de drogas, é contra a agenda progressista nas escolas – essa agenda embrulhada de “ciência”, “liberdade” e “democracia”, não obstante seja a pauta da minoria das minorias.



5. Baseados em “previsões”, criminalizam o cristianismo que corre nas veias do brasileiro, desde a primeira missa aqui rezada, em prol de uns poucos que desejam impor sua visão, marxista ou de outra religião. Querem nos fazer crer que democracia é a ditadura das minorias, a imposição de sua cosmovisão como a correta, o modelo de pensamento único e o paradigma da verdade.

6. A contradição desses iluminados continua no ataque à “misoginia” imaginária de um argumento político no calor de um debate e na zombaria real de um abuso infantil sofrido por uma menina que cometeu o terrível erro de ser cristã e falar de como sua fé cristã a ajudou a superar o estupro da infância.



7. E, se policial nem é gente, como disse o capo, policial cristão deve ser menos gente ainda. Se for evangélico, justifica qualquer ataque, sobretudo aqueles feitos à desídia imaginária que brota na cabeça dos vigilantes marxistas, quando nada têm a atacar. Esses vigilantes estão atentos ao uso das cores verde e amarela, que, em sua percepção, foram indevidamente apropriadas pelo governo. Sim, porque são “cores da bandeira”, não do “governo”.

A Constituição, essa desrespeitada ao sabor da conveniência , determina que os quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil são a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, o Brasão da República e o Selo Nacional. Mas é de todo estranho ao militante esquerdista que o presidente da República enalteça os símbolos oficiais da República. É verdade que num passado não muito distante as cores do sucesso eram apenas tons de vermelho, do vermelho sangue dos mais de 100 milhões de mortos nos regimes totalitários socialistas ao vermelho tomate do agro fascista que falta nos pratos dos cubanos e dos venezuelanos. Esses especialistas em fascismo falam de um “ideário nacional” inexplicado, mas contraposto ao “fascismo italiano”, autoexplicado nas expressões de ironia e desprezo, tautológicas em si mesmas. Se você, leitor, quiser realmente saber que “ideário nacional” corrompido por “interesses palacianos” é esse, que jogue no Google.

8. As redes sociais, por fim, são o lócus de controle externo de todo esse fascismo imaginário. Lugar virtual de suposta liberdade, as redes sociais se transformaram em território de vigilância antifascista, onde empresários altamente perigosos cometem o inafiançável crime de postar sua opinião política em forma de figurinha nos grupos fechados de zap.

E viva a democracia.



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