Não foram só os mísseis que mexeram com as bolsas. Na Europa, os índices caíram pelo conflito no Oriente Médio e pelo feriado na China
Por Misto Brasil – DF
O petróleo subiu mais de 5% no ponto mais alto do dia. As bolsas em Nova York aceleraram as perdas – petróleo mais alto também pode significar mais inflação.
Mas porque aqui, dada a composição do principal índice brasileiro, a alta do petróleo impulsionou o Ibovespa para cima, fazendo-o fechar com mais 0,51%, aos 132.495,16 pontos, um ganho de 678,72 pontos. Na máxima, avançou mais de 1,1%, chegando aos 133.405,49.
O dólar também foi impactado pela artilharia bélica. O DXY, índice que mede a força do dólar perante uma cesta de moedas fortes, valorizou 0,45%. Por aqui, o dólar comercial subiu 0,31%, a R$ 5,46. Já os juros futuros (DIs) saíram ilesos, com quedas por toda a curva.
Não foram só os mísseis que mexeram com as bolsas. Na Europa, os índices caíram pelo conflito no Oriente Médio, até porque era feriado na China e não havia referência. Mas nos EUA, outros fatores agitaram os principais índices para fazê-los fechar no vermelho.
Um deles foi que o mercado de trabalho parece seguir pujante, ao contrário do que os dados do início de setembro mostraram.
Outro é bem mais preocupante: os trabalhadores portuários da Costa Leste e do Golfo começaram nesta terça-feira um movimento de greve que não era vista desde os anos 1970.
Especialistas temem que uma paralisação prolongada pode trazer graves consequências negativas não só à economia americana, via inflação, como no transporte marítimo global.
No Brasil, a alta teve uma pequena ajuda do detalhamento de uma decisão do governo federal já conhecida: um bloqueio, como já havia sido anunciado pelo governo no mês passado, de R$ 13,3 bilhões. O fiscal segue como a maior preocupação na economia brasileira.