O cálculo foi apresentado pelo Instituto Escolhas a partir de um investimento de R$ 15 bilhões nesse tipo de projeto ambiental
Por Misto Brasil – DF
A restauração de 1 milhão de hectares em áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal (RL) no bioma da Caatinga deve render R$ 29,7 bilhões.
O cálculo foi apresentado pelo Instituto Escolhas a partir de um investimento de R$ 15 bilhões nesse tipo de projeto ambiental.
O Instituto informou que os dados são um recorte do estudo “Os bons frutos da recuperação de florestas: do investimento aos benefícios“, que também forneceu subsídios ao Projeto de Lei 1990/2024.
O projeto propõe a instituição da Política Nacional para a Recuperação da Vegetação da Caatinga e está na pauta da Comissão de Meio Ambiente do Senado.
O diretor executivo da instituição, Sergio Leitão, acredita que “investir na restauração produtiva da Caatinga e de toda a região Nordeste é uma solução capaz de gerar renda e contribuir para a reversão do processo de desertificação que se verifica nesse bioma, afetando positiva e simultaneamente desafios socioeconômicos e ambientais”.
Ele destaca o fato de que o PL 1990 propõe, por exemplo, a participação da comunidade local na recuperação das áreas desmatadas.
Em toda a região Nordeste, especialmente na Caatinga, a recuperação de áreas desmatadas ainda poderia gerar 465,8 mil empregos, remover 702 milhões de toneladas de carbono da atmosfera e viabilizar a produção de 7,4 milhões de toneladas de frutas, verduras e hortaliças em assentamentos rurais.
“Restaurar áreas desmatadas e áridas da Caatinga é um caminho seguro para recuperar e preservar fontes de água e desenvolver um sistema alimentar ambientalmente sustentável e adaptado à crise climática naquela região”, reforça Leitão. “Em tempos de emergência climática, esse investimento na restauração pode definir a sobrevivência do bioma mais brasileiro que nós temos”.