O ataque desencadeou uma nova onda violência no país, que além de viver uma guerra civil há 13 anos
Por Misto Brasil – DF
Os rebeldes sírios da organização radical islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) invadiram a cidade síria de Aleppo, a segunda maior do país, nesta sexta-feira (29).
Com a ofensiva relâmpago do grupo jihadista, as forças do regime de Bashar al-Assad perderam o controle das posições que mantinham no município desde 2016.
Os combates deixaram 277 pessoas mortas, incluindo 28 civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que tem base no Reino Unido.
Esse é um dos ataques mais letais no país desde 2020, quando militares sírios tomaram posições dos rebeldes no norte da Síria.
O ataque desencadeou uma nova onda violência no país, que além de viver uma guerra civil há 13 anos, também é afetado pelos conflitos entre Israel e os grupos Hamas e o Hezbollah, organizações consideradas terroristas por países como os Estados Unidos e a União Europeia.
Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, “mais de 14 mil pessoas foram deslocadas” em decorrência do novo avanço dos rebeldes.
Atualmente, as forças jihadistas controlam a região do município de Idlib, no noroeste do país, e mantinham um acordo de cessar-fogo costurado entre a Turquia e a Rússia que, apesar de constantes violações de menor grau, se mantinha desde 2020.
Nesta semana, porém, os insurgentes avançaram sobre o interior do país e tomaram 50 cidades no norte da Síria, antes controladas por militares de Assad.