Previsão é que o Copom elevará a taxa básica de juros em 1 ponto percentual na sua reunião de 10 e 11 de dezembro
Por Misto Brasil – DF
Acendeu o alerta para economistas, que já preveem uma taxa básica de juros mais alta para reancorar as expectativas. A curva futura dos juros, por exemplo, já precifica uma Selic de 14%.
Em evento do grupo Esfera, que reúne empresários, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC e futuro presidente da instituição, foi questionado se o Copom, de fato, poderia aumentar a intensidade dos juros para conter esse ‘prêmio de risco’.
Porém, Galípolo desconversou. Na resposta, o diretor deixou claro que o BC olha sempre a “inflação“, registrou o MoneyTimes.
“Todas as outras variáveis, elas entram na análise a partir do momento de que elas podem impactar, elas têm algum tipo de canal de transmissão para a inflação corrente e para a inflação no horizonte que nós estamos olhando”, disse.
Ele diz que a leitura que o Banco Central vai fazer sempre sobre o fiscal é de que maneira “ele e a leitura que o mercado pode ter do fiscal reflete nos preços dos ativos, impacta as expectativas de inflação e a inflação corrente”.
O JPMorgan previu que o Comitê de Política Monetária elevará a taxa básica de juros em 1 ponto percentual na sua reunião de 10 e 11 de dezembro e aumentou sua projeção da Selic ao fim do atual ciclo de alta de 13% para 14,25%, ao diagnosticar um aprofundamento do conflito entre a política fiscal e a política monetária após o anúncio do pacote fiscal do governo.
A instituição afirmou que o pacote falhou “em recuperar credibilidade da política econômica”, destacando que uma depreciação do câmbio e uma piora nas expectativas de inflação devem elevar as pressões sobre os preços, forçando o BC a subir os juros em um ritmo mais acelerado do que pensado anteriormente.
No início deste mês, após o Copom elevar os juros em 0,50 ponto percentual para 11,25%, o JPMorgan previa que o BC manteria um ritmo de altas de 0,50 ponto percentual por reunião até março.