Haddad apostou que o preço dos alimentos deve cair

Fernando Haddad SP Misto Brasília
Fernando Haddad é o ministro da Fazenda do governo Lula/Arquivo/DW
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A estiagem prologada e o aumento do preço das carnes são responsáveis pela pressão sobre os produtos alimentícios

Por Misto Brasil – DF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apostou que o preço dos alimentos deve cair nos próximos meses. Isso por conta da expectativa de queda do dólar e também da safra recorde para 2025.

“O dólar estava a R$ 6,10, está a R$ 5,80. Isso já ajuda muito”, declarou.

Leia – preços ao produtor aceleram alta em dezembro

A fala vai na direção contrária às avaliações do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que entre os fatores para justificar a alta dos juros no Brasil, está a previsão de mais aumento no valor dos alimentos a médio prazo.

Conforme o órgão, a estiagem prologada ao longo do ano passado e o aumento do preço das carnes são responsáveis pela pressão sobre os produtos alimentícios.

“Muito confiante de que a safra deste ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro, vai ser uma safra muito forte. Isso também vai ajudar”, defendeu o ministro da Fazenda.

Um dos fatores responsáveis pela inflação acima da meta do governo, o preço do dólar deve se acomodar em outro patamar, o que “certamente vai favorecer” o indicador ao longo do ano, pontua Haddad.

Outro ponto é o corte de R$ 30 bilhões nos gastos públicos, o que, segundo o ministro da Fazenda, ajudará a reduzir as pressões fiscais sobre a política monetária.

No Boletim Focus divulgado nesta semana, a expectativa do mercado financeiro é de que o IPCA seja de 5,51% até o fim deste ano. Há um mês, o índice avaliado pelo mercado com base no desempenho macroeconômico do país era de 4,99%.

Para 2026, a expectativa de uma inflação é de 4,28%. Para os demais anos, os dados foram: 2027 (3,9%) e 2028 (3,74%).

O novo indicador esperado pelo mercado financeiro segue acima do teto da meta inflacionária no país definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central: 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (entre 1,5% e 4,5%), anotou a Agëncia Sputnik.

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