Operação policial derruba a alta cúpula do INSS

Polícia Federal operação agentes Misto Brasil
Policiais federais durante operação contra financiadores de atos democráticos/Arquivo/Divulgação/PF
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O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024

Por Misto Brasil – DF

Daqui a pouco o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, dará uma entrevista coletiva sobre a operação que é feita nesta manhã contra a alta cúpula do INSS.

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado da sua função. Outros cinco servidores do órgão foram afastados por determinação judicial.

Alessandro Stefanutto é o sucessor do Glauco Wamburg, também indicado por Lupi. Ele foi exonerado ainda em 2023 por suposto uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo.

O presidente afastado do INSS é filiado ao PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Alessandro é procurador federal de carreira, já chefiou a Procuradoria Especializada do INSS e fez parte do grupo de transição do governo Lula para a área de Previdência

O procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, também foi afastado.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, informou a Agência Brasil.

O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária.

A operação ocorre em Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal.

Em nota, a PF informou que as investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024”, destacou a corporação.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

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